quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Opinião

Olá queridáns,

este texto escrevo aqui do sítio dos meus pais, off line (além do sentido real da palavra, também estou belamente "off" do contexto), e tô ouvindo um vocal house delicinha, que me faz lembrar a época boa em que comecei a jogar purpurina, e resolvi inciar minha bateção de corpo pelas buatis à fora, ouço "Play The Game" de Kenny Hawkes e Louise Carver, no remix de Joris Voorn - mas ela é bem atual, tá bee?
   Hoje, enquanto terminava de ler o livro tão esperado (sim, porque venho procurando uma livraria local que tenha disponibilidade do mesmo, desde maio de 2011 - se minha memória lascada permite) "50 Anos à Mil", do Lobão, fiquei pensando: "caralho! Como me identifico com esse cara!" Sim. Porque eu tô bem longe de me submeter àquilo que me é imposto (indevidamente), de me curvar à analfabeto funcional ou desprovido de inteligência moral e, claro, inteligência adquirida (e essa, você só tem sendo curioso e interessado, honey).
  Vivo numa cidadezinha (é capital, com pouco mais de 300mil habitantes), onde a iniciativa privada é fraquíssima, e mais da metade da população é funcionário público (na verdadchy mesmo, acho que a economia do estado de Roraima, é ser funcionário público), com isso vem negligência e balburdia a rodo.      Uma vez que estamos no extremo norte do país e bem longe de diligências - se é que você me entende  ma chérie.
   Aqui é um lindo feudo. Assim como as pessoas não se esforçam, não se reciclam, estudam ou simplesmente tentam aprimorar seus conhecimentos para manterem seus respectivos cargos, também fazem isso com a cabecinha cultural deles: aceitam aquilo que é imposto e só - porque é melhor não falar nada, para não ser contragosto, assim ninguém se aborrece e você continua com o seu (fiofó) fora da reta. Não é gaténho?

Deus me livre !!!

  Prefiro morrer sendo contundente, com minha opinião argumentada e formada a partir daquilo que eu entendo ser filosófico e questionador (isso é pleonasmo?),  do que morrer bunda mole. Aliás, prometo aqui publicamente que, no dia que eu me tornar uma bunda mole, vou oferecer a mesma em praça pública. Como um bom exemplo do anti heroísmo. 
  Mais uma coisa, sabe por que eu não toco aqui? Porque simplesmente não toco para qualquer público ! Gosto de pessoas que, assim como, são curiosas e têm opinião formada. Que conhecem e procuram produtores conceituais, porque aí sim dá prazer em abrir a boca pra falar pois é uma delícia ouvir - convenhamos, ficar falando sobre David Guetta e Tiësto, bem como Astrix e aquela caralhada de PSY e achar que manja de "música eletrônica 'diferente'", é um verdadeiro SACOOOO. Falto ter uma síncope, quando um produtor (ou público) me pede para executar música de novela, de rádio, e demais coliformes fecais em forma de ondas bacterianas sonoras. Por favor né? Dá vontade de largar o fone em cima do equipamento "de quinta" oferecido (em BV raríssimos eventos oferecem equipamento decente para desenvoltura de um bom trabalho) e fazer marshmelow do meu cerebelo.
  Concluindo digo abertamente que, acho que tudo tem jeito. Peço desculpas à quem se ofendeu com o texto mas se por acaso tal infortúnio tiver rolado, ainda sim te digo bebê: no final tudo acaba bem. Quando a prefeitura resolver acabar com a palhaçada que é para trazer e promover um artista independente, aqui, e claro, a playbozada que viaja (sem trocadilho infame por favor), gastando tubos de dinheiro na gringa ou nas pistas do sul/sudeste - e se divertem pencas que eu sei - resolver gastar a mufa pesquisando e promovendo os artistas que eles escutam por lá, a gente vai ter uma cenário bem diferente dessa farofada atual. Pode anotar aí ;)

   Ah, quanto ao Livro do Lobão, recomendo a leitura, mas não enrola. 
   Li em 2 dias.


Att.

1 comentários:

leo disse...

bunda mole é!!! hummm!!!

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