quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Que Te Define?

Imagem ou comportamento, o que te define? A reunião desses dois pontos é o que traça o perfil de uma pessoa, a construção de sua imagem perante a sociedade. Seria, no mínimo, ingênuo acreditar num mundo sem julgamentos e opiniões – mesmo porque nós todos, sem excessão, fazemos juízo de valor sobre todos com os quais convivemos. Daí que a coerência entre ser e parecer, transmitir e sentir, é o que mais importa no jogos das relações inter-pessoais (e todas as outras).
Releve a redundância e pense que julgamentos acontecem porque precisamos julgar as pessoas para termos uma noção rápida de como agir, como abordar, como interagir e quais termos usar (linguagem e afins). Vivemos numa sociedade muito rápida, de pouco contato, com isso esperar uma relação construída de forma íntima e lenta é fechar os olhos para as características mais básicas da atualidade. Claro que, após o fatídico primeiro contato, é possível acertar pensamentos e impressões mas tudo isso pode acabar demandando muito tempo e esforço – que poderia estar sendo despendido em outras atividades mais proveitosas.
O que te define, claro, não é a etiqueta de sua roupa, o seu cabeleireiro, seu carro ou seus bens. Essa interpretação superficial sobre qualidades e intensidades, apenas por itens que podemos comprar, é algo que certas pessoas tendem a fazer - mas, nem por isso, se trata de um costume válido. O que te define é sua relação com seu corpo, sua relação com as pessoas, sua forma de se mostrar e de se expor no seu dia-a-dia. O que você considera adequado ao trabalho, ou que é limite na vida pessoal (no lazer)…  É que certos julgamentos, estruturados em rápidos encontros, se dão bem mais pela viabilidade do processo do que pela real lógica em ver e gostar (ou não).
Assim, antes de se definir como algo e de acreditar piamente nisso, vale tentar sair de seu corpo e se enxergar dentro do contexto. Se o diferente lhe causa estranheza não trata de meramente apontar como errado, ou inadequado; basta ter para si que você não quer incorporar aqueles elementos e aquelas mensagens e que aquele tipo de pessoa não cabe dentro do seu círculo de amizades. Somos e estamos dentro de uma sociedade formada por grupos, por tribos, por conjuntos de pessoas que interagem por afinidade ou interesse (claro), mas esses grupos hoje conseguem quase que conviver em plena harmonia e esse é o caminho que devemos buscar – cada vez mais. Respeitando as diferenças, o que lhe define não é só o que você estampou como sua verdade, mas o que você joga como essencial à sua vida. Sem mais, fica a lembrança de tentarmos ser, sempre, menos radicais - a ponto de fechar portas devido a diferenças, por mero receio do que pensem algo errado; se acontecer, tenhamos paciência porque, por vezes, aprendemos e crescemos muito mais com aquilo que não é comum à nossa razão.

Autor desconhecido mas enviado por @frankistner (via twitter)
Att,

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